BMW expande produção de baterias para híbridos e elétricos

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A BMW iniciou, neste começo de maio, a produção de componentes para baterias em suas fábricas de Leipzig e Regensburg, na Alemanha. O foco é a expansão de modelos híbridos e puramente elétricos em sua gama de veículos, com o objetivo de que esses carros correspondam a, pelo menos, metade das vendas globais da marca até 2030. 

Para tanto, a empresa informa que está investindo o equivalente a R$ 1,6 bilhão na infraestrutura para a fabricação desses componentes e, também, na ampliação das linhas de produção dos chamados trens de força (motores e transmissões) de quinta geração para veículos elétricos. 

O alto custo das baterias é um dos principais motivos pelos preços, comparativamente mais altos, dos carros elétricos, hoje. Os motivos para isso – entre outras coisas – estão relacionados ao chamado ganho de escala, um princípio que, basicamente, afeta qualquer tipo de produto. 

Simplificando e resumindo bastante: quanto maior é a quantidade de unidades produzidas de um determinado componente ou produto, menor será seu custo unitário. Ou seja, neste caso, poderíamos dizer que “mais é menos”. 

Unidades de produção globais 

Com a chegada das novas unidades, a BMW passa a produzir suas baterias de alta tensão e componentes em três de suas plantas alemães – as já mencionadas de Leipzig e Regensburg e, também, na de Dingolfing. 

O grupo mantém, ainda, unidades próprias de produção de baterias em Spartanburg (EUA) e em Shenyang (China), além de outra, em parceria com a Dräxlmaier, em Rayong, Tailândia. São essas fábricas que abastecem, hoje, as linhas dos atuais modelos híbridos e elétricos da BMW e da Mini (marca inglesa pertencente ao grupo).  

Pioneira na eletromobilidade, a fábrica de Leipzig é, desde 2013, a responsável pela produção do modelo i3. Primeiro elétrico da marca vendido no Brasil, ele custa a partir de R$ 304.950 e, opcionalmente, pode contar com um pequeno motor a combustão que funciona como gerador, aumentando assim sua autonomia.  

Na mesma planta, será produzido, a partir de 2023, o sucessor do Mini Countryman. “O expertise e experiência que ganhamos ao longo dos anos serão bem empregados na construção dos módulos de baterias, que têm um papel fundamental nos planos de expansão elétrica da empresa”, diz Hans-Peter Kemser, diretor da unidade. 

Componentes para novos modelos 

A nova linha de produção de Leipzig ocupa 10 mil metros quadrados da fábrica que, até o ano passado, eram ocupados pela linha de montagem do esportivo i8. Lançado em 2014 e com versões fechada e conversível, o modelo híbrido atingiu as 20 mil unidades vendidas. 

Novos modelos da marca – como os aguardados iX e i4, em versões elétricas e híbridas plug-in, que devem ser lançados em breve – serão os primeiros “clientes” para os componentes de baterias de alta-tensão de Leipzig.  

O sistema de produção, no entanto, foi projetado de forma flexível para poder atender a outros veículos no futuro. Para isso, uma segunda linha de montagem desses componentes será inaugurada em 2022. 

Embora não tenha divulgado ainda nenhuma informação nesse sentido, é mais do que provável que, já nos próximos anos, tenhamos pelo menos a montagem de baterias desse tipo na unidade da BMW  de Araquari, em Santa Catarina, no Brasil. Embora vá demorar um pouco mais, a eletrificação global da marca é certa e irreversível. 

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